Aqui, sentado ao relento,
com os olhos lavados,
satisfaço meus limites
Bebendo meu ego
choro meu orgulho
respirando o vazio da noite
O sal da pele tempera o vento
as lágrimas limpam meu orgulho
os soluços gritam de dor
Enquanto bebo minhas dores
muitos comem alegrias
outros sofrem calados
Vejo muitos sorrisos amarelados
contrastando com bolsas escuras nas pálpebras
enquanto os dias de escárnio caem como um gigante
Contemplo os postes com suas luzes que definham o tempo
assistindo a noite em silêncio;
vendo todos consumirem seus sonhos
Enquanto sonhos são apenas pensamentos
e olhares são apenas desejos
sorrisos são apenas palavras mudas.
Um comentário:
Gosto muito desse também... você tem uma alma muito delicada. Capta a dor com muita leveza. Parabéns, você escreve muito bem, com simplicidade e beleza descreve sentimentos importantes.
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