sábado, novembro 15, 2008

Além Do Véu De Maya-Tribo de Jah

Uma bela música...

Rio de Janeiro no inverno

A brisa é fria mas o frio é eterno
Eu sigo a orla ao longo da Barra
A tarde avança mas ainda é clara
Não me é estranha essa sensação de caminhar a esmo
Seguir sem direção, só, comigo mesmo
Sem me importar em ir ou voltar
Sem ter que chegar a algum lugar
Andar, andar, até cansar

Não interessa o que aconteça
Eu não tenho pressa
Embora não pareça a vida não cessa
Eu sei, depois dessa ela prossegue ou só recomeça

Eu sinto o Sol
Eu sinto o seu calor ameno
Eu sigo só
Só, eu sigo, comigo mesmo

Eu sei que você pensa em mim e lembra de mim
Mas eu não sou assim como você vê
Como você pensa que eu possa ser

Você vê o meu corpo e pensa que sou eu
Ele não é eu ele não é meu
É só uma dádiva dada emprestada
Deus foi quem me deu por breve temporada
É só uma roupagem, densa embalagem
Que não me pertence
Aliás, nada me pertence nesse mundo
Tudo é transitório, tudo é ilusório
Ainda que se pense que o que se vê é pura realidade
Na verdade, o que se está a ver
Não é mais que um lapso
Distorcido da eternidade

O Sol se esvai
A noite cai tão sutilmente
Conforme o Sol se vai
Eu sinto a terra girar quase que imperceptivelmente
Assim a gente vai
Seguindo rumos tão diferentes
Caminhos desiguais
Mais e mais distantes, continuamente
Mais e mais distantes, definitivamente

A cidade é um corpo disforme
Que se espalha enorme sobre a crosta terrena
Uma intrigante cena ela desperta e dorme
E deixa alguns espasmos
Ou então se consome em todo o seu marasmo
Um mundo formigante, milhões de habitantes
Todos tão imersos em seus universos
Presos aos grilhões do não saber
Das limitações de todo ser vivente dessa dimensão
Almas presas aos corpos
Sob espesso véu de ilusão
Até que estes estejam mortos
Deixarão então essa condição
E verão que corpo é só casual
Composição genética, constituição carnal
Eu poderia nascer indiano, sino africano, viver muitos anos
Pra depois morrer e voltar a nascer
Como alemão ou americano
Porque então tanta animosidade
Se alma não tem nacionalidade
Alma não tem cor, alma não tem sexo
Esse papo de alma gêmea não tem nexo

Eu vejo o céu,
Atrás do véu de ilusão
Um doce lar,
Além do mar da imensidão.

Ninguém presta!

Não devemos esperar porra nenhuma de ninguém!
Sempre me canso de tudo, das pessoas, das coisas que faço, das comidas, das conversas, de mim. Sinceramente, faz tempo que as coisas não se renovam, talvez pelo simples motivo de estar envelhecendo, ou, do mundo ser apenas isso, limitado, talvez fugaz demais para mim.
Tenho medo da depressão, tenho medo de mim, tenho medo de perder o controle e causar algum dano irreversível. Não é fácil ser controlado, talvez por isso tenho sensações de gelo no peito!

Sempre penso na barbárie, não históricamente, - penso como algumas soluções para algumas coisas...é meio que querer acabar com a porra do politicamente correto e dizer: - FODA-SE! FODAM-SE! MORRAM! SE MATEM! TOMEM NO CENTRO DO CU!
É como esbofetiar alguém, mas não esbofetiar, pelo simples fato do controle. Quando digo controle, digo, não tenho controle sobre essas coisas, não sei um simples tapa, ou, um soquinho...eu perderia a linha, alguém sofreria...é mais ou menos assim...é um ciclo de dor.

É isso, a porra do sapatinho de cristal está meio justo em todo mundo, estamos regredindo...isso é fato, como não serei o grande salvador (e nem quero), e, que se foda o políticamente correto, o jeito é curtir o ópio dos pobres...uma cervejinha para relaxar...

Verdades Sinceras

Verdades sinceras... Você pode sentir todo calor que existe no sol É só olhar para os lados e veremos pessoas tristes... Olhamos muito...