quarta-feira, outubro 29, 2008

“UM POUCO DE TEORIA”

Errico Malatesta
1892

“Sopra um vento de revolta em todos os lugares. A revolta é aqui a expressão de uma idéia, lá o resultado de uma necessidade; com mais freqüência ela é a conseqüência de uma mistura de necessidades e de idéias que se engendram e se reforçam umas às outras. Ela se desencadeia contra a causa dos males ou a ataca de modo indireto, ela é consciente e instintiva, humana ou brutal, generosa ou muito egoísta, mas de qualquer modo, é a cada dia maior e se amplia incessantemente.

É a marcha da história. É, portanto, inútil perder tempo a lamentar quanto aos caminhos que ela escolheu, pois estes são traçados por toda a evolução anterior.

Mas a história é feita pelos homens. Tendo em vista que não queremos permanecer simples espectadores indiferentes à tragédia histórica, que queremos participar com todas as nossas forças das escolhas dos eventos que nos parecem mais favoráveis à nossa causa, é-nos preciso um critério que sirva de guia na apreciação dos fatos que se desenrolam, sobretudo para poder escolher o posto que devemos ocupar na batalha.

O fim justifica os meios. Denegriu-se muito esta máxima: ela é, entretanto, uma regra universal de conduta. Seria melhor dizer: todo fim requer seus meios, visto que a moral deve ser buscada no objetivo, os meios são fatais.

Uma vez determinado o objetivo que se quer atingir, voluntária ou necessariamente, o grande problema da vida consiste em encontrar o meio que, segundo as circunstâncias, conduzirá de forma mais segura e econômica ao objetivo fixado. O modo como se resolve o problema – desde que isso dependa da vontade humana – determina que um homem ou um partido atinja ou não seu objetivo, sirva sua causa ou, sem querer, a do inimigo. Encontrar o bom meio, tal é o segredo dos grandes homens e dos grandes partidos que deixaram marcas na história.

O objetivo dos jesuítas é, para os místicos, a glória de Deus, para os outros a glória da Companhia. Eles se esforçam, portanto, em embrutecer as massas, aterrorizá-las e subjugá-las.

O objetivo dos jacobinos e de todos os partidos autoritários – que pensam estar de posse da verdade absoluta – é impor suas idéias à massa dos profanos. Eles devem, portanto, se esforçar para tomar o poder, dominar as massas e coagir a humanidade a sofrer as torturas de suas concepções.

Quanto a nós, o problema é diferente: nosso objetivo sendo muito distinto, nossos meios devem sê-lo da mesma forma.

Nós não lutamos para tomar o lugar dos exploradores, tampouco para o triunfo de uma abstração vazia. Nada temos de comum com o patriota italiano que dizia: “Que importa que todos os italianos morram de fome se a Itália se torna grande e gloriosa!”; tampouco com o camarada que reconhecia ser-lhe indiferente que se massacrassem três quartos da humanidade, desde que a humanidade fosse livre e feliz.

Nós desejamos a liberdade e o bem-estar de todos os homens, de todos os homens sem exceção. Queremos que cada ser humano possa se desenvolver e viver do modo mais feliz possível. E acreditamos que esta liberdade e este bem-estar não poderão ser dados nem por um homem, nem por um partido, mas todos deverão descobrir neles mesmos suas condições, e conquistá-las. Consideramos que somente a mais completa aplicação do princípio da solidariedade pode destruir a luta, a opressão e a exploração, e a solidariedade só pode nascer do livre acordo, da harmonização espontânea e desejada dos interessados.

Segundo nosso ponto de vista, tudo o que tende a destruir a opressão econômica e política, tudo o que serve para elevar o nível moral e intelectual dos homens, para lhes dar consciência de seus direitos e de suas forças, e para persuadi-los a fazer uso deles, tudo o que provoca o ódio contra o opressor e suscita o amor entre os homens, aproxima-nos de nosso objetivo e é, portanto, um bem, sujeito a um cálculo quantitativo a fim de obter, com uma dada força, o máximo de efeito positivo. Ao contrário, o mal consiste no que está em contradição com nosso objetivo, tudo o que tende a conservar o Estado atual, tudo o que tende a sacrificar, contra a sua vontade, um homem ao triunfo de um princípio.

Nós queremos o triunfo da liberdade e do amor.

Devemos, todavia, renunciar ao emprego de meios violentos? De forma alguma! Nossos meios são aqueles que as circunstâncias nos permitem e nos impõem.

Evidentemente, não queremos tocar sequer num fio de cabelo de alguém, enxugando as lágrimas de todos, sem fazer verter nenhuma. Mas é necessário combater no mundo tal como ele é, sob pena de permanecermos sonhadores estéreis.

Virá o dia, estamos intimamente persuadidos, em que será possível fazer o bem aos homens sem fazer o mal, nem a si mesmo, nem ao próximo; mas hoje é impossível. Mesmo o mais puro e o mais dócil dos mártires, aquele que se deixaria levar ao cadafalso pelo triunfo do bem, sem resistir, abençoando seus perseguidores como o Cristo da lenda, mesmo ele faria mal. Além do mal que ele faria a si mesmo, mas é assim, faria verter lágrimas amargas a todos aqueles que o amassem.

Trata-se, portanto, sempre, em cada ato, de escolher o menor mal, tentar fazer o mínimo de mal pela maior quantidade de bem possível.

A humanidade arrasta-se penosamente sob o peso da opressão política e econômica; ela é embrutecida, degenerada e morta (nem sempre de forma lenta) pela miséria, pela escravidão, pela ignorância e seus efeitos. Esta situação é mantida por poderosas organizações militares e policiais, que respondem pela prisão, pelo cadafalso e pelo massacre a toda tentativa de mudança. Não há meios pacíficos, legais, para sair desta situação. É natural, porque a lei é feita pelos privilegiados para defender expressamente seus privilégios. Contra a força física que barra o caminho, não há outra saída para vencer senão a força física, a revolução violenta.

Sem nenhuma dúvida, a revolução produzirá numerosas infelicidades, muitos sofrimentos; mas, mesmo que ela produzisse cem vezes mais, seria uma bênção em relação a todas as dores hoje engendradas pela má formação da sociedade.

Sabe-se que numa única batalha morrem mais pessoas do que na mais sangrenta das revoluções; que milhões de crianças morrem anualmente muito cedo, por falta de cuidados; que milhões de proletários morrem a cada ano, prematuramente, em conseqüência da miséria. Conhece-se a vida raquítica, sem alegrias e sem esperanças que leva a maioria dos homens. Mesmo os mais ricos e os mais poderosos são menos felizes do que poderiam ser numa sociedade igualitária. Este estado de coisas perdura desde tempos imemoriais. Isto duraria, portanto, sem a revolução que combate resolutamente os males em suas raízes e pode colocar de uma vez por todas a humanidade no caminho de seu bem-estar.

Boas-vindas, portanto, à revolução: cada dia de atraso inflige à humanidade mais uma enorme massa de sofrimentos. Esforcemo-nos e trabalhemos para que ela chegue rapidamente e consiga acabar para sempre com todas as opressões e explorações.

É por amor aos homens que somos revolucionários: não é nossa culpa se a história nos obriga a esta dolorosa necessidade.

Portanto, para nós anarquistas, ou pelo menos (visto que as palavras são, em definitivo, convencionais) entre os anarquistas que pensam como nós, todo ato de propaganda ou de realização, pelo discurso ou pelos fatos, individual ou coletivo, é bom se lhe assegura o apoio consciente das massas e lhe dá caráter de libertação universal; sem estes aspectos poderia ocorrer uma revolução, mas não a que desejamos. É principalmente no fato revolucionário que é preciso utilizar os meios econômicos, pois o gasto se dá em vidas humanas.

Conhecemos bem as condições materiais e morais dolorosas em que se encontra o proletariado para nos explicarmos os atos de ódio, de vingança, e até mesmo de ferocidade, que poderão ocorrer. Compreendemos que haverá oprimidos que – tendo sido sempre tratados pelos burgueses com a mais ignóbil dureza e tendo sempre visto que tudo é permitido para o mais forte – dirão um dia depois de se terem tornado os mais fortes: “Ajamos também como burgueses”. Compreendemos que isso possa ocorrer, na febre da batalha, em naturezas generosas, mas necessitadas de preparação moral – muito difícil de adquirir nos dias de hoje – que podem perder de vista o objetivo a ser alcançado, tomem a violência como um fim em si e se deixem levar por atos selvagens.

Uma coisa é compreender, outra coisa perdoar certos fatos, reivindicá-los, ser solidário com eles. Não podemos aceitar, encorajar e imitar tais atos. Devemos ser resolutos e enérgicos, mas devemos igualmente nos esforçar em nunca ultrapassar os limites necessários. Devemos fazer como o cirurgião que corta o que é preciso, evitando sofrimentos inúteis. Numa palavra, devemos ser inspirados e guiados pelo sentimento de amor pelos homens, todos os homens.

Parece-nos que este sentimento de amor é o fundo moral, a alma do nosso programa. Somente concebendo a revolução como a maior alegria humana, como libertação e fraternização dos homens – qualquer que haja sido a classe ou o partido aos quais eles pertencem – que nosso ideal poderá se realizar.

A rebelião brutal certamente aparecerá e poderá servir, também, para dar o grande empurrão, o último empurrão que deverá derrubar o sistema atual; mas se ela não encontra o contrapeso dos revolucionários que agem por um ideal, tal revolução devorará a si mesma.

O ódio não produz o amor, e com o ódio não se renova o mundo. A revolução pelo ódio seria um fracasso completo ou então engendraria uma nova opressão, que poderia se chamar até mesmo anarquista, assim como os homens de Estado atuais se dizem liberais, mas nem por isso deixaria de ser uma opressão e não deixaria de produzir os efeitos que toda a opressão causa.”

terça-feira, outubro 07, 2008

Canto para minha morte

Quando eu morrer...
Não coloquem flores no meu caixão;
Não chamem padres;
Não rezem, não coloquem velas e coroas;
Não façam missa de sétimo dia;

Podem rir, lembrar de minhas loucuras;
Chorar de saudades das minhas risadas;
Beber para passar o tempo;

Coloquem um rock bem alto,
Leiam alguma poesia;
Façam-me feliz!
Façam-me viver eternamente nas mentes

O dia de mais um

Sentado à espreita aguardando mais um político

Eles sabem como nos dominar

Em algum lugar está sorrindo mais um idiota, sentado a frente da TV

Enquanto o mundo chora sangue você apenas assiste de camarote

O ódio cresce nas pessoas, e nós estamos sentados vigiando nosso umbigo...

Destrua...

Preste atenção na nação do desespero

Na verdade ela é o mundo

Com suas pulgas e vermes da destruição

Fabricando ilusões, para mais um....

Para mais um...

Para mais um...

Sente e aguarde, lá vem mais dor

Sente e aguarde, lá vem mais ódio

Enquanto a comida está sendo enlatada, seu cérebro é queimado e você ainda sorri

Ligue a TV, pegue o controle e fique estático

Sangue na TV serve apenas para anestesiá-lo...

Mas você não percebe isso...

Vamos...Vamos....Vamos

É apenas conformismo incutido como algo comum......ACREDITE...ACREDITE

Chegará o tempo em que não sentiremos mais dores...

Nossos corações estarão congelados com a mais pura realidade e seremos os culpados

ACREDITE...ACREDITE

ACREDITE...ACREDITE

ACREDITE...ACREDITE

Mais um santinho entregue em suas patas dizendo: Vote em Mim! Vote em Mim!

Olhe para o céu e diga, que merda é essa?

Eles querem seu fígado com alho e óleo

Eles querem seu sangue ao molho pardo

Eles precisam da sua grana para dominá-lo

Vamos, Vote nele! Vote nele!

Seja mais um estúpido que acreditou...

Vote nele! Vote nele!

SENTE-SE SEU IDIOTA!!!!

quinta-feira, outubro 02, 2008

Receita para fazer um poema Dadaísta

Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

Tristan Tzara

Nossa América: As Duas Faces das ONGs James Petras

Comentaristas e intelectuais mostraram-se surpresos quando muitos líderes e ativistas de organizações não governamentais (ONGS) se uniram à campanha eleitoral de Vicente Fox* e, com sua vitória, esperam receber cargos dentro de seu novo governo. A idéia de que líderes "progressistas" das ONGs se unam a um regime abertamente partidário do "livre mercado" parece estranha. Não obstante uma análise mais profunda da história e dos antecedentes de funcionários de ONGs na América Latina, assim como de suas ideologias e vínculos com doadores externos, poderia haver profetizado este cenário. Na transição ocorrida na política eleitoral do Chile, Bolívia, Argentina e América Central, numerosos líderes de ONGs se aliaram a regimes neoliberais que utilizaram suas experiências organizacionais e retóricas progressistas para controlar protestos populares e solapar movimentos de classes sociais. Desde o início da década de 80, as classes dominantes neoliberais, junto com o governo dos Estados Unidos e governos europeus, se asseguraram de que as políticas do "livre mercado" estavam polarizando as sociedades na América Latina. Mediante fundações privadas e fundos estatais, começaram a financiar as ONGs, as mesmas que expressavam uma ideologia contra o estado e promoviam a "auto-ajuda". Ao final deste milênio, existem umas 100 mil ONGs em todo o mundo que recebem cerca de 10 milhões de dólares e competem com os movimentos sociopolíticos pela lealdade das comunidades militantes. Ainda que as ONGs tenham denunciado violações aos direitos humanos, raras vezes denunciam seus benfeitores da Europa e dos EUA. À medida que aumentou a oposição ao neoliberalismo, o Banco Mundial (BM) incrementou os donativos destinados às ONGs. O ponto fundamental de convergência entre as ONGs e o BM era a repulsa de ambas as entidades ao "estatismo". Superficialmente, as ONGs criticavam o Estado numa perspectiva de "esquerda" em defesa da "sociedade civil", enquanto que criticavam o BM em nome do "mercado”. Na realidade, o BM e os regimes neoliberais aproveitaram as ONGs para minar o sistema de seguridade social estatal, e foram utilizados e reduzidos a meios para compensar as vítimas das políticas neoliberais. Enquanto os regimes neoliberais diminuíam os níveis de vida e saqueavam a economia, fundaram-se as ONGs para promover projetos de "auto-ajuda" que absorveriam, temporariamente, pequenos grupos de desempregados pobres, ao mesmo tempo em que recrutavam líderes locais. As ONGs se converteram no "rosto comunitário" do neoliberalismo e se relacionaram intimamente com os de cima e complementaram seu trabalho destrutivo. Quando os neoliberais transferiam lucrativas propriedades estatais, privatizando-as para os ricos, as ONGs não tomaram parte de uma resistência sindical. Ao contrário, mostraram-se ativas na elaboração de projetos privados, promovendo o discurso da iniciativa privada ("auto-ajuda") ao dedicarem-se a fomentar microempresas nas comunidades pobres. As ONGs criaram pontes ideológicas entre pequenos capitalistas e os monopólios que se beneficiaram das privatizações – tudo em nome do anti-estatismo e da construção da sociedade civil. Enquanto os ricos criavam vastos impérios financeiros a partir das privatizações, profissionais de classe média que trabalhavam com as ONGs recebiam pequenos fundos para financiar seus escritórios, seus gastos com transportes e suas atividades para promover atividades econômicas de pequena escala. O importante aqui é que as ONGs despolitizaram setores da população, ignoraram seus compromissos para com atividades do setor público e se aproveitaram de lideres sociais potenciais para a realização de projetos econômicos pequenos. Na realidade as ONGs não são não-governamentais. Recebem doações de governos estrangeiros ou funcionam como agências subcontratadas por governos locais. Igualmente importante é o fato de que seus programas não são qualificados pelas comunidades a quem ajudam, e sim pelos financiadores estrangeiros. É neste sentido que as ONGs sabotam a democracia, ao arrancar programas sociais das mãos das comunidades e de seus líderes oficiais, para criar dependência a cargos de funcionários não eleitos, provenientes do exterior, que escolhem e ungem seus interlocutores locais. A ideologia das ONGs quanto a suas atividades privadas e voluntárias destrói o sentido de "público"; a idéia de que o governo tem a obrigação de representar a todos seus cidadãos. Contra esta noção de responsabilidade pública, as ONGs fomentam a idéia neoliberal de uma responsabilidade privada para com os problemas sociais e a importância dos recursos para resolver estes problemas. Dessa forma, as ONGs impõem uma dupla carga sobre os pobres: o pagar impostos para financiar um Estado neoliberal que serve aos ricos e a autoexplorar-se de maneira privada para satisfazer suas próprias necessidades. Muitos dos líderes e militantes das ONGs são ex-marxistas ou "pós-marxistas", que tomam emprestados muito da retórica ligada a "dar poder ao povo", "o poder popular", "a igualdade de gênero" e o "governo das bases com o único que tem legitimidade", enquanto distanciam a luta social das condições que marcam a vida das pessoas. As ONGs se converteram em um veículo organizado que permite a mobilidade social ascendente para desempregados ou professores ex-esquerdistas mal pagos. O linguajar progressista disfarça o núcleo conservador das práticas da ONGs, tem sempre que ver com "dar poder", porém os esforços destes organismos raras vezes vão além de uma influência em pequenas áreas da vida social, utilizando os recursos limitados e sempre dentro das condições permitidas pelo Estado neoliberal. No lugar de dar educação pública sobre a natureza do imperialismo e sobre as bases clássicas do neoliberalismo, as ONGs discutem sobre "os excluídos", "os indefesos" e "a extrema pobreza", sem jamais passar de seus sintomas superficiais para analisar o sistema social que produz essas condições. Ao incorporar os pobres na economia neoliberal através de ações voluntárias que são exclusivamente da iniciativa privada, as ONGs criam um mundo em que a aparência de uma solidariedade e ações sociais ocultas uma conformidade com as estruturas nacionais e internacionais de poder. Não é por acaso que as ONGs têm-se convertido em entidades dominantes em certas regiões onde as ações políticas independentes têm decaído e o neoliberalismo rege sem oposição alguma. A conversão de líderes das ONGs, de porta-bandeiras do "poder popular” a simpatizante do presidente conservador eleito, Vicente Fox* , é, portanto perfeitamente compreensível. Os funcionários das ONGs proporcionam a retórica "populista" em torno da sociedade civil que legitimam as políticas do livre mercado. Em troca, suas nomeações como funcionários governamentais satisfazem suas ambições de mobilidade e ascensão social. Para os ex-esquerdistas, o anti-estatismo é a passagem que lhes concederá trânsito ideológico da política de classes e do desenvolvimento comunitário para o neoliberalismo. Para os intelectuais críticos, o problema não é só o neoliberalismo do "livre mercado" que vem das cúpulas, mas também o neoliberalismo da "sociedade civil", que provém de baixo.
- James Petras é do Departamento de sociologia da Universidade de Binghamton, em Nova York/EUA-

*Vicente Fox, presidente do México, eleito recentemente.

ESTE ARTIGO FOI DISTRIBUÍDO POR:

CEL – Célula de Entretenimento Libertário

BPI – Biblioteca Pública Independente



Verdades Sinceras

Verdades sinceras... Você pode sentir todo calor que existe no sol É só olhar para os lados e veremos pessoas tristes... Olhamos muito...